Técnica de escrita criativa, o storytelling posiciona sua marca ao estabelecer uma relação emocional com seu cliente
Há muitas formas de contar uma mesma história e, quando essa narração diz respeito à sua empresa, o ideal é que acabe em final feliz. O storytelling, uma técnica que posiciona sua marca ao estabelecer um relacionamento especial com seu cliente, existe para chegar a esse objetivo.
O que é storytelling?
De acordo com Adilson Xavier, autor do livro “Storytelling – Histórias que Deixam Marcas” (BestSeller, 2015), três definições podem esclarecer esse conceito:
– Pragmática: Storytelling é a tecnarte de elaborar e encadear cenas, dando-lhes um sentido envolvente que capte a atenção das pessoas e enseje a assimilação de uma ideia central;
– Pictórica: Storytelling é a tecnarte de moldar e juntar as peças de um quebra-cabeça, formando um quadro memorável;
– Poética: Storytelling é a tecnarte de empilhar tijolos narrativos, construindo monumentos imaginários repletos de significado.
Xavier explica que tecnarte é uma mistura de técnica e arte, inevitável quando o assunto é storytelling (palavra que une duas outras do inglês: “story” = história e “telling” = contando).
Além desses, ele cita no livro outro significado que se encaixa melhor no tipo de narrativa sobre a qual falamos neste texto, mais voltado ao marketing: “Storytelling é uma ferramenta de comunicação estruturada em uma sequência de acontecimentos que apelam a nossos sentidos e emoções”. Esta é a definição do espanhol Antonio Núñez no livro “¡Será Mejor que lo Cuentes!”.
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Assim, fica claro que é sempre melhor para a empresa que a história de um produto ou de um negócio tenha uma versão inicial contada por ela própria.
Onde aplicar o storytelling?
A técnica de contar histórias sobre marcas tem um grande poder de humanização e de identificação por parte do consumidor. Ativa, também, áreas do cérebro que fazem as pessoas se lembrarem mais facilmente do que foi dito.
Por isso, o storytelling pode auxiliar em casos variados, como abordagem a clientes, apresentação de informações para o consumidor e os stakeholders, compartilhamento de experiências, comunicação interna e engajamento de equipes.
Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), uma boa história permite uma taxa de conversão de até 30%.
Agora, conte sua história
Mas antes de começar a criar sua narrativa, você precisa ter seu público bem identificado, assim como a meta desse tipo de comunicação – ou seja, o que você espera do interlocutor e o resultado que pretende atingir.
E mais: o storytelling pode ser veiculado por meio de texto, vídeo ou áudio. Independentemente do formato, lembre-se de se inspirar nos valores de seu negócio. O encadeamento da história e seu tom devem fazer as pessoas se sentirem envolvidas pelo enredo. Dessa forma, a narrativa vai levá-las à ação pretendida: cadastrar-se, doar, seguir, assinar ou comprar, entre outras.
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De caráter persuasivo, a técnica de storytelling obedece a alguns elementos presentes nos contos de ficção. Conheça-os:
– Exposição: É a apresentação de personagens, cenários e detalhes que transportam o consumidor da história para dentro dela;
– Conflito: Momento de tensão ou o problema que muda o curso da trajetória em meio a uma ação crescente, encaminhando a narrativa para seu clímax. Aqui, não tenha medo de mostrar suas falhas, pois isso pode humanizar a narrativa e sensibilizar o interlocutor;
– Clímax: Ponto alto da trama, que pode ser uma derrota, um recomeço ou uma vitória. Com ação decrescente, é também chamado de desfecho ou resolução.
Dicas preciosas
Agora que você já sabe o principal sobre esse conceito, algumas dicas podem ajudar sua marca a atingir o objetivo com o storytelling. Confira:
– Sua mensagem traduzida pela história deve ser impactante, relevante e consistente;
– Abuse dos “melhores momentos” pelos quais sua empresa já passou;
– Não se alongue demais e não use linguagem muito técnica ou complexa;
– Estimule a interatividade com depoimentos ou com convites para comentários. Entrevistas com usuários, clientes, fornecedores e colaboradores também são uma boa pedida;
– Seja verdadeiro. Toda marca tem pontos que merecem ser destacados sem que seja preciso inventar acontecimentos.
Além disso, é sempre melhor contar com profissionais especializados para desenvolver a escrita criativa. Se precisar, a Vila Criativa pode ajudar você. Procure-nos!
Fonte: Sebrae