O IBGE levantou que aproximadamente 54 milhões de totós convivem com famílias em nosso território. Se antigamente os cachorros serviam mais como guardas, hoje eles são verdadeiros membros da família, alguns até sendo tratados como filhos. Esse cuidado excessivo é uma das causas para um mal conhecido como ansiedade canina.
Que fique claro: ter um cachorro em casa é maravilho e já é comprovado que traz benefícios ao nosso estado emocional. Não estamos dizendo aqui que é algo nocivo, pelo contrário. Porém, adotar um bichinho é algo que dedica tempo, paciência e muito amor, porém tudo de forma comedida.
Se a ansiedade tem efeitos negativos nos humanos, ela pode ser muito mais devastadora nos animais, pois eles precisam do entendimento e apoio dos humanos para controlá-la. Confira alguns pontos importantes a serem observados, e procure ajuda de um especialista caso o comportamento do seu dog esteja fora do normal.
Causas
Elenca-se quatro principais causas para a ansiedade animal:
- Falta de convívio: muitos cachorros não possuem estabilidade emocional para ficarem sozinhos o tempo todo. Precisam de companhia (não em tempo integral), o mínimo necessário para que um vínculo saudável seja criado. A falta de contato pode fazer com que dog passe a chamar atenção do dono de diversas formas, como latindo compulsivamente ou urinando em lugar errado.
- Ansiedade por barulho: neste caso, a ansiedade aumenta gradativamente e vai piorando na mesma medida que o pet envelhece. É quase inevitável, afinal o animal está suscetível ao barulho com frequência, como quando chove ou há queima de fogos.
- Falta de lazer: cães precisam de entretenimento: caminhada, brinquedos e bolinhas, corridas, contato com outros cachorros. A falta de distração e mantê-lo apenas dentro de casa ou do apartamento pode gerar tédio, que evolui para uma ansiedade.
- Apego excessivo: parece paradoxo se comparado ao primeiro item, porém chamegar demais o animalzinho, obrigá-lo a usar roupinhas, estimulá-lo a dormir na cama, entre outros, é muito prejudicial, pois faz com que o dono se torne o único elo entre pet e dono e resultar em ansiedade e até mesmo depressão.
Sintomas
Importante: os sintomas não são universais. Cada animal vai apresentar sintomas diferentes e em graus de gravidade distintos. Mas, basicamente, são:
- Latido excessivo;
- Pular, morder e urinar nas pessoas;
- Urinar em lugares diferentes da casa;
- Lamber as patas de forma compulsiva;
- Agressividade;
- Apatia;
- Falta de apetite;
- Comer compulsivamente;
- Feridas de difícil cicatrização
Soluções
O que fazer para evitar ou amenizar o avanço da ansiedade?
- Passeie com ele em ruas e áreas públicas onde ele possa ter contato com outros cães;
- Dedique um pouco do seu tempo para brincar com ele, principalmente com bolinhas ou brinquedos.
- Mostre que você é o dono da casa. Sim, ele irá entender.
- Trabalhe o reforço positivo ao sair, por exemplo, dê um petisco antes de sair e não olhe pra trás.
- Ensaie as saídas da casa. Saia, espere alguns minutos e retorne. Isso mostrará que ao cachorro que você voltará.
- Faça ele se acalmar. Ao voltar pra casa, por exemplo, acalme-o antes de dar atenção.
- Espalhe brinquedos pela casa para que ele se distraia quando estiver sozinho.
- Seu trabalho autoriza que você leve seu pet? Faça-o algumas vezes.
- Fale baixo com ele.
- Não o force a fazer algo que ele tem medo.
- Converse regulamente com o veterinário e faça acompanhamento com medicamentos quando necessário.
De novo: é importante entender que adotar um animal, qualquer que seja, requer muitos cuidados. Se você fica muito tempo fora de casa, evite receber um animalzinho em casa, pois se tornará carente. Ou, se você já tem, dê atenção necessária a ele, saia para passear, brinque. Mostre que você se importa com eles, afinal eles também precisam de todo amor possível.