No começo de 2020, com o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a Covid-19, foi necessário trocarmos o ambiente presencial da agência de publicidade, com sua decoração moderna e sua sala de criação colorida, por uma mesa de casa – e cada um na sua, isolados.
A mesa de jantar, que há tempos eu não usava para tal função, deu espaço ao escritório. E naquele momento, gastando menos porque não poderia mais sair, trabalhando em uma escrivaninha improvisada, comecei a investir em “equipamentos” que tornassem minha vida nesse novo ambiente mais confortável, divertida e menos tediosa – comprei uma Alexa da Amazon.
Não vou comentar aqui sobre como é a minha experiência com o apetrecho – que é boa – mas sim, como a partir dessa aquisição comecei a observar um produto que de certa forma movimentava o mercado de maneira bem interessante.
Quem é a tal Alexa?
Criada em 2014 pela Amazon, o equipamento que se chama Echo nada mais é do que uma caixa de som, e alguns modelos com visor, que faz a função de uma secretária pessoal, a famosa “Alexa”. Entendeu? Echo é o corpo, Alexa é a mente que o habita.
O foco do produto “amazoniano” é ser uma assistente virtual melhor do que as concorrentes de outras marcas e 100% adaptada para você utilizá-la nas tarefas diárias: como calendário, relógio, caixa de som, rádio, notícias, etc. etc. etc., que você usa através das skills – se eu fosse escrever um artigo sobre o que uma Alexa faz, precisaria de quatro bilhões de caracteres, então, melhor não.
Válido lembrar também que seu sistema de inteligência artificial a tornou adaptável. Ou seja, ela começa a te entender e se moldar a você, o que, particularmente, eu acho genial.
Todo mundo quer ter a sua e o mercado quis entrar no jogo
Só em 2019, a Amazon com a Alexa representou cerca de 30% das vendas no mercado de smart speakers (que são essas caixas), o equivalente a 37,3 milhões de unidades. E não deu outra: o mercado cresceu o olho para essa tendência de consumo.
Começou com lâmpadas, depois aparelhos eletrônicos da casa, aspiradores e puft!, agora você por meio da Alexa pode controlar ou programar até a cortina da sua sala, ou usar como um item determinante para a segurança da sua residência, gerenciando câmeras e alarmes.
Há marcas como a brasileira Positivo que atua no mercado de tecnologia, do CEO Helio Bruck Rotenberg, que já possuem linhas, robustas e cheias de variedade, de produtos destinados à Alexa.
Em lojas do ramo de construção também, como a Leroy Merlin, já possuem o departamento “Casa Inteligente”, onde você pode comprar tanto sua Echo como dezenas de equipamentos para o seu lar que se conectam com ela.
Inclusive, foi indo em uma dessas lojas, quando cuidava da minha mudança de casa, que descobri essa seção – e me encantei.
Marketing de conteúdo: produções especiais para a Alexa
Eu sempre gostei de estar informado, mas nem sempre tive tempo para ler as notícias do dia ou para sintonizar na minha rádio preferida – a Alexa resolve esse problema.
Veículos de comunicação como G1, UOL, CBN e etc. já produzem conteúdo especial para Alexa. Com um perfil bem específico: giro de notícias rápido, prático e moderno. Mas, se você também quiser, pode ouvir conteúdos maiores e mais completos, tudo gratuitamente.
Há também empresas que investem em marketing de conteúdo produzindo material para a caixinha inteligente. Você pode baixar skills de diversos temas e assuntos, como por exemplo, a XP Investimentos que já está com forte presença dentro desse “novo mercado” com informações atualizadas diariamente.
A tendência é que cada vez mais pessoas tenham suas Alexas e que mais empresas, veículos de imprensa e etc. a utilizem como um espaço tanto de transmitir informação como de produzir conteúdo, fazer publicidade, marketing e propaganda.
Afinal, quem vai querer ficar de fora dessa festa?
Lucas Barozzi
Redator de Conteúdo da Vila Criativa