Em um sábado de janeiro deste ano recebi em meu apartamento três amigos. O projeto do “rolê” improvisado era simples: jogar videogame, truco, beber umas cervejas e pedir umas esfihas – pouco do que dá para fazer em tempos de pandemia.
Primeiro pedimos as cervejas por um aplicativo específico de entrega de bebidas e dividiríamos o valor em quatro pessoas, mas só uma pagaria o valor total pelo app. Aquilo que antes seria um problema porque alguém teria de fazer uma TED ou caçar trocados no bolso para pagar sua parte, virou algo simples – foi só passar um Pix no valor exato de reais e centavos, às 21:48 de um sábado à noite.
Em outra experiência, eu pesquisava o preço de um livro em dois e-commerces conhecidos aqui no Brasil. Infelizmente, o preço deles estava igual em ambos, com o mesmo valor de frete e com o mesmo tempo de entrega. Eu pretendia pagar via boleto, que demoraria aproximadamente 24 horas para oficializar, só que um desses dois sites oferecia a opção do pagamento instantâneo via Pix, então, você pode imaginar o que foi determinante para eu escolher onde comprar…
Essas duas experiências mostraram pra mim que são tempos muito modernos, principalmente em relação ao dinheiro – e toda essa conclusão gira entorno dessa nova ferramenta criada pelo Banco Central.
Quem é o Pix e o que ele faz?
Pix é um novo sistema criado pelo Banco Central que promove pagamentos instantâneos de sete formas. Veja quais são:
- P2P: pessoa para pessoa
- P2B: entre pessoas e estabelecimentos comerciais
- B2B: entre estabelecimentos
- P2G: pessoa para o governo (como o pagamento de impostos, por exemplo)
- B2G: empresas para o governo
- G2P: governo para pessoas (como o pagamento de programas sociais, por exemplo)
- G2B: governo para empresas
A proposta do Banco Central com o Pix é criar um sistema de pagamentos que aquecesse o mercado, funcionando em qualquer dia a qualquer horário, incluindo finais de semana e feriados, além de oferecer a opção de um pagamento 100% digital, seguro e literalmente muito rápido.
Para a identificação e para a efetuação dos pagamentos e recebimentos, o usuário do Pix necessita criar uma “chave Pix”, em que ele escolhe se quer pôr o CPF ou o CPNJ, o número do celular, o endereço de e-mail ou uma “chave aleatória” que é um código gerado pelo próprio sistema.
Como o Governo participou da criação do Pix?
O Governo Federal chegou a falar bastante sobre a nova ferramenta de pagamentos, o atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, no começo do segundo semestre de 2020 (pré-pix) tentou criar um imposto sobre transações digitais. Ninguém gostou da ideia. Inclusive tendo bastante oposição tanto do Congresso como de economistas famosos na mídia que alegavam que isso seria uma nova CPMF. A medida impopular deixou de ser pauta, uma vez que já premeditava quais eram as intenções sobre o futuro que seria “pixelado”.
Durante a campanha informacional, agora com o aviso de que a ferramenta entraria em vigor e como funcionaria, Guedes afirmava que era uma medida para o favorecimento da agenda liberal do atual governo e que era o começo de um processo de “desburocratização” financeira do Brasil.
O Pix caiu no gosto popular. Virou muito habitual. E não demorou para o Governo voltar a falar sobre o imposto referente às transações digitais. Até o momento a pauta segue em tramite na Câmara, mas não avançou – e segue sendo absolutamente impopular.
E como as instituições privadas se posicionaram?
Os primeiros a começarem a divulgar a utilização do Pix, evidentemente, foram os bancos. Investiram inicialmente em campanhas de informação, incentivando a se registrar, falando sobre a gratuidade da ferramenta, da importância de se cadastrar para criar uma chave com a sua identidade – até para evitar possíveis fraudes e golpes.
Toda essa campanha teve uma participação fundamental da imprensa porque entrou para a agenda setting dos veículos de comunicação, ou seja, todo mundo estava falando disso. O Itaú, por exemplo, fez uma campanha sobre os benefícios da ferramenta, sobre a praticidade, gratuidade e informacional, dialogando inclusive com empresas.
Já o Bradesco apostou na modernidade, criando uma campanha descolada, relacionando o Pix à rapidez e a facilidade de um piscar de olhos, usando a imagem jovem e popular do seu garoto propaganda, o surfista Gabriel Medina.
Algumas empresas grandes também já incluíram o Pix como parte dos seus negócios, mas em movimento menos acelerado, logicamente, que o dos bancos.
A Americanas, empresa da holding BW2 Digital, já oferece a opção de pagamentos via Pix, via site ou app. Nesse caso, o Pix não compete com as transferências e sim com o pagamento no cartão de crédito ou o tradicional boleto bancário – que demora até 24 horas para o pagamento cair.
Essa é uma tendência forte: empresas de segmento on ou off oferecerem a opção para pagamento. Ao ponto de, por exemplo, você comprar um celular no seu e-commerce preferido ou poder pagar seu almoço no restaurante via Pix. Empresas que não oferecerem esse recurso poderão perder clientes, é a concorrência pela forma de pagamento.
E você, o que pode fazer?
Se você é empresário ou gerencia o departamento de marketing de alguma marca, agora é o momento de agir.
Aqui na Vila Criativa, visando essa mudança do mercado, começamos a oferecer dois serviços que são cruciais para marcas e empresas se colocarem de forma eficiente em relação ao Pix.
- Webdesign e programação profissional: você tem um site com loja, um e-commerce ou um aplicativo? Então, coloque a opção Pix dentro das formas de pagamento do seu site. Para isso é necessário um design que seja atrativo para o cliente escolher a ferramenta e de uma programação muito eficiente (e com suporte) para que não haja imprevistos na hora da compra. Se há a opção, ela tem que funcionar com eficiência!
- Campanha de divulgação: divulgue aos seus clientes que você está usando a ferramenta, crie promoções e etc. através de uma campanha multimídia. Aqui construímos a sua campanha com design e textos profissionais, além de elaborarmos projetos criativos.