Dizer que a AIDS é uma pandemia (estágio em que uma doença atinge nível global) não é exagero, já que a Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 35 milhões de pessoas já morreram por causa da doença. Apenas em 2017, foram 1 milhão de óbitos. E mais: estima-se que, nesse momento, são 37 milhões de pessoas infectadas por ela.
- Relações sexuais sem proteção;
- Compartilhamento de agulhas e seringas;
- Reutilização de materiais de manicure e pedicuro sem esterilização;
- Transfusão ou contato com sangue contaminado;
- Amamentação quando a mãe é portadora do vírus.
Quando o HIV permite o desenvolvimento da doença, deve-se prestar atenção aos sintomas. Na fase inicial, os principais são:
- Candidíase oral;
- Cansaço constante;
- Surgimento de gânglios (nódulos) nas axilas, virilha e pescoço;
- Diarreia;
- Febre;
- Transpirações noturnas e calafrios;
- Perda de 10% do peso, para mais.
- Febre alta, acima dos 38 graus durante muitas semanas;
- Inchaço dos gânglios;
- Faringite, causando dificuldade de engolir;
- Dores musculares e nas articulações;
- Ínguas e manchas pela pele, que desaparecem após alguns dias;
- Feridas na área da boca, esôfago e área genital;
- Perda do apetite;
- Fraqueza;
- Dores de cabeça crônicas;
- Sensibilidade à luz;
- Perda de peso;
- Náuseas e vômitos.
- O HIV é transmissível ao mínimo contato: esse é um dos mitos mais tristes, pois alimenta o preconceito contra pessoas soropositivas. O HIV não é transmissível através da pele, do ar, de lágrimas, saliva, urina, através de utensílios domésticos ou uso de materiais em comum.
- Medicina alternativa cura a AIDS: não, não e não! Infelizmente, existem muitas lendas dizendo que ervas, terapias alternativas ou rituais são eficazes contra a doença ou o vírus, o que é uma perigosíssima bobagem. A AIDS ainda não tem uma cura efetiva, porém existem tratamentos que ajudam a controlar a doença.
- Mosquitos espalham o HIV: mosquitos são famosos por transmitir febre amarela, dengue, zika e outras doenças, porém eles não transmitem HIV. Apesar de ser transmitida pelo sangue, não se pode contraí-lo pelos insetos porque o vírus vive pouco dentro deles e, mesmo assim, os mosquitos não injetam sangue naqueles que picam.
- O HIV não é transmitido pelo sexo oral: as chances são poucas, é verdade (são 4 em cada 10 mil), porém o sexo oral pode transmitir o vírus de uma pessoa a outra, através dos fluidos. Então, o melhor é sempre usar preservativo.
- Apenas camisinha impede contágio: apesar de ser muito efetiva, a camisinha não é 100% eficaz. Quando uma camisinha está vencida, rasga ou vaza durante a relação pode, sim, transmitir o vírus. Mas isso não é razão para deixar de usá-la, claro. Quando bem manuseado, o preservativo é uma excelente arma. O ideal também é fazer exames regulares.
- Mulheres com HIV sempre terão filhos infectados: não necessariamente. Apesar do vírus ser transmitido através da amamentação ou do parto, uma mulher soropositiva, com acompanhamento médico adequado, pode ter um bebê sem risco de infectá-lo.
- AIDS não atinge idosos: outra mentira perigosa. Aliás, o Ministério da Saúde sinaliza que, nos últimos dez anos, o índice de HIV entre idosos cresceu assustadores 103% só no Brasil. Uma das causas é justamente esse mito. Idosos, que já estão suscetíveis a algumas doenças, devem ter atenção redobrada. O dado global assusta ainda mais: até 2030, a OMS alerta que 70% dos idosos terão o HIV se nada for feito.
É possível viver com a AIDS? Sim, é possível. Acabou-se também o mito de que quem está infectado pela doença já pode desistir de viver. Besteira! Obviamente, por ser uma doença que ataca o sistema imunológico, a AIDS requer cuidados especiais para quem já convive com ela: alimentar-se de frutas e verduras, evitar carnes malpassadas ou frutos do mar crus, tomar vacinas e coquetéis regulamente, cuidado redobrado com animais de estimação (higiene, principalmente), evitar cigarros, praticar exercícios, entre outros.
Se é possível viver com a doença, evitá-la é muito melhor. Por mais que sejamos repetitivos, é melhor sempre alertar: use preservativo, faça exames, evite o HIV. Alguns momentos de prazer não podem valer mais do que uma vida inteira. Discuta com familiares e amigos sobre os riscos e prevenção à AIDS. Ela é uma doença séria, e não pode mais ser vista como um tabu, como algo que não deve ser falado.