Infelizmente, táticas desonestas aplicadas por aqui, como aumentar os preços semanas antes para, no dia, divulgá-los como descontos, fizeram a Black Friday ganhar o “carinhoso apelido” de “Black Fraude”, o dia em que você compra “tudo pela metade do dobro”. Apesar de ainda existir, essa prática vem diminuindo consideravelmente após os varejistas calcularem a importância da data para queima de estoque encalhado, severa fiscalização e monitoramento do PROCON e denúncias feitas por clientes. Em 2017, por exemplo, as lojas faturaram cerca de R$ 2,48 bilhões em vendas apenas neste dia.
A origem do nome é controversa. Algumas fontes apontam que o termo nasceu em 1869, quando dois bolsistas de Wall Street fracassaram no intento de tomar o mercado de ouro da Bolsa de Valores de Nova Iorque, levando-os à falência. Apelidaram, então, a data como uma sexta-feira negra. Outra história diz que a data marca o início das compras de Natal, levando lojas, que estavam no vermelho, voltarem aos números negros (que lá é equivalente ao nosso “ficar no azul”, ou seja, lucrar). Já alguns dizem que o termo começou em 1975, quando o jornal The New York Times informou que, no primeiro dia de compras de fim de ano, a cidade ficou repleta de carros, engarrafando o trânsito e poluindo o ar com suas fumaças negras.
Independentemente de como ou quando nasceu, a Black Friday se tornou um costume praticamente mundial, com adesão de lojas e comércios de diversos países. Se você aqui vai aproveitar os descontos e fazer suas comprinhas de fim de ano, fique atento à algumas dicas:
- Compre apenas o que for realmente necessário. Cuidado com a impulsividade e evite dívidas desnecessárias.
- Faça uma grande pesquisa sobre lojas e sites de compras, para ter certeza de que eles são confiáveis. Aproveita-se muito esta data para aplicar golpes.
- Monitore os preços dos produtos. Se eles aumentaram semanas antes de sexta-feira, suspeite: pode ser sinal da Black Fraude.
- Pesquise pelo site/loja no Reclame Aqui e veja as reclamações feitas, se elas são atendidas e o índice de satisfação dos consumidores.
- Em 2011, o PROCON criou uma lista de e-commerce que não são confiáveis. Ela segue sendo alimentada com frequência. Acesse-a aqui.