Nesta sexta, 23, acontece a Black Friday, o dia em que o comércio oferece grandes descontos em produtos ou serviços. Em terras tupiniquins, a data teve início em 2010, exclusivamente na internet, quando cerca de 50 e-commerce se uniram para vender produtos com valores mais em conta. Nos anos seguintes, as lojas físicas entraram na onda.

Infelizmente, táticas desonestas aplicadas por aqui, como aumentar os preços semanas antes para, no dia, divulgá-los como descontos, fizeram a Black Friday ganhar o “carinhoso apelido” de “Black Fraude”, o dia em que você compra “tudo pela metade do dobro”. Apesar de ainda existir, essa prática vem diminuindo consideravelmente após os varejistas calcularem a importância da data para queima de estoque encalhado, severa fiscalização e monitoramento do PROCON e denúncias feitas por clientes. Em 2017, por exemplo, as lojas faturaram cerca de R$ 2,48 bilhões em vendas apenas neste dia.

(Imagem: Reprodução/Freepik)
Se por aqui a data ainda está engatinhando, nos Estados Unidos, seu país de origem, ela já acontece há algumas décadas. Na terra do Tio Sam, as lojas realmente oferecem descontos maciços, que chegam a 90%, levando milhões de pessoas a dormirem nas filas para abocanharem produtos mais em conta, causa correria e até mesmo confusão em lojas e supermercados. A Black Friday acontece em lojas físicas, exatamente um dia após o tradicionalíssimo Dia de Ação de Graças, comemorado lá na quarta quinta-feira do mês de novembro.

A origem do nome é controversa. Algumas fontes apontam que o termo nasceu em 1869, quando dois bolsistas de Wall Street fracassaram no intento de tomar o mercado de ouro da Bolsa de Valores de Nova Iorque, levando-os à falência. Apelidaram, então, a data como uma sexta-feira negra. Outra história diz que a data marca o início das compras de Natal, levando lojas, que estavam no vermelho, voltarem aos números negros (que lá é equivalente ao nosso “ficar no azul”, ou seja, lucrar). Já alguns dizem que o termo começou em 1975, quando o jornal The New York Times informou que, no primeiro dia de compras de fim de ano, a cidade ficou repleta de carros, engarrafando o trânsito e poluindo o ar com suas fumaças negras.

Independentemente de como ou quando nasceu, a Black Friday se tornou um costume praticamente mundial, com adesão de lojas e comércios de diversos países. Se você aqui vai aproveitar os descontos e fazer suas comprinhas de fim de ano, fique atento à algumas dicas:

 

  1. Compre apenas o que for realmente necessário. Cuidado com a impulsividade e evite dívidas desnecessárias.
  2. Faça uma grande pesquisa sobre lojas e sites de compras, para ter certeza de que eles são confiáveis. Aproveita-se muito esta data para aplicar golpes.
  3. Monitore os preços dos produtos. Se eles aumentaram semanas antes de sexta-feira, suspeite: pode ser sinal da Black Fraude.
  4. Pesquise pelo site/loja no Reclame Aqui e veja as reclamações feitas, se elas são atendidas e o índice de satisfação dos consumidores.
  5. Em 2011, o PROCON criou uma lista de e-commerce que não são confiáveis. Ela segue sendo alimentada com frequência. Acesse-a aqui.
Boas compras! 😉

Av. Paulista, 2028 • Conjunto 111 • São Paulo • 01310-927 © 2006 Copyright • Todos os direitos reservados